Aprenda a reconhecer e lidar com pontos cegos

11 Dezembro | 2015 | Goodyear

Quais são os pontos cegos mais comuns e de que forma o automobilista deve adaptar os seus comportamentos para aumentar a segurança

“Ponto cego” é uma área que o condutor não consegue ver através dos espelhos ou que fica oculta por alguma parte da estrutura do carro. Muitas vezes não são mais do que uns poucos milímetros de visão que não conseguimos alcançar, mas podem ter resultados críticos na nossa  segurança e são um factor a ter em conta quando falamos de condução defensiva. Quais são os pontos cegos mais comuns quando conduzimos? Aprenda a reconhecer os limites do seu carro e do trânsito por onde conduz.

É de extrema importância que o condutor se habitue a ter algumas atenções de forma quase inconsciente, mas tudo começa com um gesto tão simples como ajustar o retrovisor. Os espelhos são o mais importante instrumento para ter noção do espaço à sua volta. Uma parte bastante significativa dos acidentes acontece quando um veículo se cruza com a trajectória de outro, mas está fora do ângulo de visão de um dos condutores, por isso devemos ter uma atitude predictiva quando estamos perante uma situação em que, no trânsito fluído, há uma série de viaturas a circular a nosso lado.

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Olho aberto no trânsito

Um dos acidentes mais comum envolve motocicletas que conduzem entre as faixas, próximas dos veículos e, consequentemente, dentro dos ângulos de visibilidade nula. E, quanto maior o veículo, maior a possibilidade que um fenómeno destes ocorra. Camiões e autocarros, apesar da sua altura, apresentam largos campos de visibilidade nula para o seu condutor. Se a isto somarmos o facto de, por inerência, serem veículos de reacção mais lenta, juntam-se todos os ingredientes para o desastre. Este é um problema que obriga a uma abordagem construtiva de todos os intervenientes: se o condutor de um veículo pesado está obrigado a ter atenção redobrada, um ligeiro ou motociclista deverão aproximar-se de um veículo destes com todos o cuidado.

É nos congestionamentos que grande parte destas situações ocorre muitas vezes por falta de sinalização. O processo é simples: sinalizar as mudanças de faixa com antecedência, usar o retrovisor para assegurar-se que tem caminho livre, olhar por cima do ombro, e nunca, mas nunca, contar que os outros carros façam o mesmo. Espere sempre o pior e tenha sempre um plano de escapatória.

Ajuste do retrovisor

Comece por se sentar como faria normalmente na estrada, com o banco ajustado correctamente para o seu tamanho e postura. Regule a altura dos retrovisores lateriais para o ângulo mais aberto e de forma a não ver a parte de trás do seu veículo. Evite qualquer película no espelho ou alteração do tipo “tunning”. Não comprometa segurança por causa da estética.

O retrovisor central deve apresentar todo o vidro traseiro sem que tenha que levantar ou baixar a cabeça. Retire tudo o que ofusque a visibilidade através do vidro traseiro. Diga adeus aos gatos chineses e aos autocolantes da última prova de todo o terreno.  As colunas do seu sistema de áudio ou o aileron traseiro também podem ser obstáculos que precisa de avaliar.

O sensor de estacionamento que hoje em dia aparece de série em muitos modelos ajuda nas manobras à ré, mas importa termos noção da real distância a que funciona, pois nem todos os carros são iguais. No trânsito, e agora que as chuvas chegaram, a manutenção das escovas e do desembaciador traseiros voltam a precisar da sua atenção. Troque-as se necessário.

Teste final

Habitua-se a usar os espelhos como um conjunto e faça um teste simples. Na estrada, observe pelo retrovisor central um carro que o vai ultrapassar e verifique como ele, à medida que sai do espelho, começa a aparecer no retrovisor do seu lado esquerdo, sem interrupções. Esse é o sinal de que os dois espelhos estão bem ajustados. Se não estiverem, não os ajuste agora! Espere sempre por um momento em que tenha o carro parado.

Apesar de tudo o que atrás fica dito, mantenha-se sempre alerta, pois não pode fazer nada para evitar que os pontos cegos continuem a existir. Se necessário, olhe por cima do ombro, mas não se esqueça que não está sozinho na estrada e que os retrovisores são o instrumento mais importante ao seu dispor para ter uma visão de (quase) 360°.

Good Year Kilometros que cuentan