O que ia bem com este livro era um copo de vinho

30 Janeiro | 2020 | Goodyear

Primeiro em Lisboa e depois no Porto, um bar que é também uma livraria. Ou vice-versa

Um bom vinho é poesia engarrafada, disse um dia Robert Louis Stevenson, o autor de “A Ilha do Tesouro” e “O Estranho Caso de Dr. Jekyll e Mr. Hyde”. O escritor escocês seria, certamente, cliente da Menina e Moça, uma livraria que é também um bar. Ou será ao contrário? A ordem dos fatores é, neste caso, arbitrária…

A primeira Menina e Moça abriu em Lisboa, em 2017, no Cais do Sodré, em plena rua Nova do Carvalho. A expansão fez-se em outubro do ano passado em direção ao Porto, onde a nova livraria/bar abriu no Campo Mártires da Pátria, junto aos Jardins da Cordoaria, replicando exatamente o conceito da casa original: um espaço onde podemos beber um copo, comer um petisco, ler e comprar um livro. Ou vários. Copos e livros.

Menina e Moça é também nome de livro, a obra mais conhecida do escritor e poeta renascentista português Bernardim Ribeiro. E a literatura em língua portuguesa é precisamente o prato forte da livraria. No espaço do Porto, por exemplo, há cerca de cinco mil obras nas estantes, a sua grande maioria de autores portugueses e lusófonos, de Fernando Pessoa a José Saramago, de Camilo Castelo Branco a Eça de Queiroz, de Aquilino Ribeiro e Vergílio Ferreira, de Mia Couto a José Eduardo Agualusa, em português ou traduzidos para inglês ou francês. E no que diz respeito a escritores internacionais, podemos encontrar nomes como Jorge Luis Borges, Italo Calvino ou George Orwell.

Bebidas e petiscos 

Da livraria para o bar. Ou melhor, para os petiscos. Que vão das tostas, como a de abacate com batatas fritas, à bruschetta com queijo da ilha, passando pela tábua de queijos ou pela tábua mista, que vem com presunto. Quanto aos doces, há pastéis de nata e bolo de chocolate sem glúten.

Quanto às bebidas, há muito por escolher, com ou sem álcool. No que aos vinhos diz respeito, salta logo à vista o Saramago, ou não estivéssemos numa livraria. O néctar vende-se a copo ou à garrafa, e há tinto, branco, verde e rosé. 

E, claro, hás os cocktails, que se dividem entre a lusofonia e o mundo. Entre os primeiros, pode beber o Criolofogo, inspirado em Cabo Verde e feito de grogue, ponche de mel e limão, ou o Amarula Sahara, de inspiração moçambicana e que leva café, Amarula, Frangelico e Campari. Nos cocktails do mundo, pode escolher entre caipirinhas, mojitos, dry martinis ou moscow mules. Se preferir bebidas não alcoólicas, pode sempre optar pelo chocolate quente, pelo café ou pelos sumos naturais.

Juntando-lhe um programa de atividades, que vão da leitura encenada às jams sessions, passando pelo lançamento de livros, de que está à espera para visitar estes espaços onde a literatura e a cultura se cruzam com a gastronomia?

Good Year Kilometros que cuentan