Testes de colisão/Crash Tests: essenciais para avaliar o nível de segurança nos veículos. Na Goodyear, contamos como são feitos
A segurança rodoviária é uma das principais preocupações entre condutores, administrações e grupos. Ao longo dos anos, inúmeras ferramentas foram aperfeiçoadas com o objetivo de reduzir os acidentes rodoviários e aumentar a segurança. Uma dessas ferramentas são os testes de colisão ou testes de impacto. Na Goodyear, mostramos o que são os testes de colisão e como são desenvolvidos.
História da segurança rodoviária
Um teste de colisão é uma simulação do impacto de um veículo para analisar o comportamento dos sistemas de segurança e retenção dos ocupantes. Os testes de colisão têm a sua história em segurança no trânsito como parte de um avanço constante que começou na década de 1930. Foi assim, por exemplo, que o vidro de segurança se tornou padrão em todos os automóveis Ford em 1930. No mesmo ano foi proposto também o uso de cintos de segurança e painéis acolchoados. Mas uma parte importante da história da segurança no trânsito é o início dos testes de segurança do carro. A General Motors (GM) conduziu o primeiro teste de colisão em barreira em 1934.
A segurança na estrada tem marcos, além dos testes de colisão, como o desenvolvimento de um sistema de travagem de reserva pela Hudson Terraplane em 1936. Mas vamos pensar que desde a década de 1930 até agora, muitos passos foram dados e que foram as novas tecnologias que permitiram novos avanços. Na década de 1950, os primeiros testes foram realizados com “dummies” (espécie de manequim usado para realizar testes de colisão em carros e aviões). O primeiro manequim de teste de colisão foi inventado por Samuel W. Alderson em 1949, os testes de colisão frontal começaram em 1995 e os testes de impacto começaram em 2003. A engenharia mecânica e a pesquisa seriam inúteis sem a consciência da importância de uma condução segura. Foi só em 1984 que uma lei exigindo o uso de cintos de segurança em carros de passageiros foi aprovada no estado de Nova York.
Como se faz um teste de colisão
Os testes de colisão podem ser reais quando um carro atinge outro ou um elemento externo ou podem ser simulados. Nas simulações, o sistema a ser analisado (por exemplo, carroceria) é colocado em uma plataforma e é utilizado um dispositivo de travagem mecânica que reduz a velocidade da plataforma (aproximadamente um décimo de segundo) para simular um impacto real.
Atualmente, os testes de colisão usam um manequim, um dispositivo de tamanho e formato humano equipado com acelerómetros, células de carga e sensores de deslocamento para analisar o seu comportamento durante o impacto.
Crash tests: Euro NCAP e IIHS
Sabe como são realizados os crash tests do Euro NCAP? O Euro NCAP é o Programa Europeu de Avaliação de Novos Carros. Tem seu equivalente no Instituto de Seguros para Segurança Rodoviária, IIHS, nos Estados Unidos. Ambos são os principais benchmarks na condução de testes de impacto e avaliações e previsões de segurança.
Para o IIHS, o Lexus RC 2018, um carro grande de luxo, foi classificado como Top Safety Pick + pelas suas boas classificações de resistência ao impacto geral – prevenção de colisões frontais padrão e superior. Para receber este tipo de classificação, um veículo é submetido a testes de sobreposição moderados para testes frontais, laterais, de resistência do teto e zona frontal. Também deve ter um sistema de prevenção de colisão frontal que ganhe uma classificação superior ou avançada, bem como faróis bens classificados.
2017 foi o ano mais movimentado para o Euro NCAP, com quase 70 modelos avaliados. A maioria dos modelos testados esse ano eram novos no mercado e a maioria alcançou a classificação máxima de cinco estrelas. Os modelos mais antigos não se saíram tão bem, as suas classificações, geralmente mais baixas do que as dos carros mais novos, refletem a falta de sistemas de retenção avançados e tecnologias de assistência ao condutor. A Volkswagen conquistou modelos vencedores em três categorias: o Polo na classe supermini, o T Roc na categoria off-road pequeno e o Arteon na classe executiva. A Volvo reforça a sua reputação de segurança com o melhor desempenho geral com o off-road XC60.
O Nissan LEAF foi o primeiro carro elétrico a ser classificado com 5 estrelas pela Euro NCAP. O LEAF foi o primeiro carro a ser avaliado de acordo com os protocolos aprimorados e estendidos do Euro NCAP para 2018.
Testes de colisão para ciclistas e peões
À medida que o número de vítimas nas estradas estagnou, é necessário garantir que os novos veículos oferecem a mais recente e melhor tecnologia de segurança. Por esta razão, o Euro NCAP anuncia novos testes nas suas avaliações, abordando os principais cenários de acidentes envolvendo automóveis, peões e agora também o número crescente de ciclistas.
De acordo com um estudo do IIHS, as mortes de peões aumentaram 46% desde que atingiram seu ponto mais baixo em 2009. O aumento ocorreu principalmente em áreas urbanas ou suburbanas, em cruzamentos, artérias, vias movimentadas projetadas principalmente para canalizar o tráfego de veículos para rodovias. “Entender onde, quando e como esses acidentes adicionais com pedestres ocorrem pode apontar o caminho para soluções”, disse o presidente do IIHS, David Harkey. “Esta análise diz-nos que as melhorias no projeto das estradas, projeto e iluminação dos veículos e a aplicação do limite de velocidade, têm um papel a desempenhar na resolução do problema.”
O que acontece se uma limusine sofrer um acidente?
Ao contrário da crença popular, as limusines, apesar de serem extremamente rígidas e pesadas, exigem cinto de segurança. Limusines são carros construídos cortando o chassi de um sedan e inserindo uma longa seção rígida na seção média. É por isso que não é surpreendente que os testes de colisão da limusine de Vladimir Putin dentro do projeto Cortege tenham sido notícia. Pouco se sabe sobre o modelo que transportará o presidente russo nas suas viagens oficiais. O ministro Denis Manturov disse a um jornal local que a nova limusine presidencial acabara de passar por uma série de testes de impacto e os resultados foram “positivos”. Fala-se de um motor V8 ou V12 com uma cilindrada de mais de 6 litros e uma potência de 600 cavalos capaz de suportar a forte blindagem.
As crescentes especializações em testes de colisão e as alterações legislativas orientam-se para um objetivo comum de segurança rodoviária: o objetivo zero acidentes.
